TEORIAS E ESCRITA DA HISTÓRIA


O positivismo entende a realidade como algo objetivo, considerando apenas alguns homens como sujeitos históricos. A história é objetiva e determinada, não havendo possibilidade de transformação. Nesse sentido, na visão positivista, os sujeitos históricos são: 


Heróis, estadistas e pessoas de destaque político.
 


Operários, comerciantes e industriais.


Trabalhadores, diplomatas e reis.


Mulheres, negros e índios.
 


Operários, escravos e desempregados.

"Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica." De acordo com essa frase, pode-se inferir que a compreensão da História para os positivistas está embasada no fato do(a):


diversidade da natureza de fontes históricas.
 


domínio de outros saberes, tais como a arqueologia e a arquivologia.
 


tempo histórico em que vive o historiador, que irá dar vida aos fatos.
 


perfeita observação dos documentos e não de sua análise.
 


análise, por parte do historiador, do corpus documental.
 

“O historiador não se preocupa em buscar a verdade absoluta, porque é impossível que o passado se repita integralmente. O acontecimento passado não pode ser recuperado, o que o autor nos transmite é a sua visão desse acontecimento, pois, em cada época o homem possui códigos específicos para dar sentido à sua vida a tudo que o cerca”. (DANTAS, 2006, p. 26) De acordo com o texto acima, pode-se concluir que o ofício do historiador consiste em:


Compilar as informações contidas nos documentos e ser fiel a elas.


Reescrever os acontecimentos do passado tais como ocorreram de fato.


Interpretar os fatos históricos, através de questionamentos e pesquisa documental.


Estabelecer verdades absolutas sobre acontecimentos do passado.


Analisar e interpretar somente os registros oficiais do governo.

A partir de década de 1980, é possível verificar o surgimento de uma série de "novos" campos, esboços de disciplinas que, em maior ou menor grau, herdaram os temas e problemáticas das mentalidades. Nesse contexto tem destaque a chamada "Nova História Cultural", cujas principais características são:

 

I. A defesa do conceito de mentalidades.

II. Carlo Guinzburg, Roger Chartier e Edward Thompson são historiadores desta corrente.

III. A preocupação com os sujeitos anônimos, com a cultura e com o cotidiano.

IV. A valorização das práticas sociais e a pluralidade cultural das sociedades.

 

É correto o que se afirma em:


I, II e III apenas.


II e III apenas.


III e IV apenas.


II, III e IV apenas.


I, II, III e IV.

A história das mentalidades, em um determinado momento, passou a virar “moda” nas academias francesas. Tal fato levou essa nomenclatura, “mentalidades”, ao desgaste diante de inúmeras críticas de seus opositores e até mesmo por historiadores “de dentro” dessa linha de pesquisa. Tais críticas se devem principalmente:


Ao surgimento de trabalhos sem preocupação com a questão social.


À decadência teórico-metodológica dos Annales.


Ao surgimento de produções sem sustentação teórica, com finalidade apenas de narrar alguma “curiosidade” do passado.


À impossibilidade de análise dessa categoria.


À despreocupação com a política e, consequentemente, com a ideologia.

Segundo o Dicionário de Conceitos Históricos, "imaginário" significa o conjunto de imagens guardadas no inconsciente coletivo de uma sociedade ou de um grupo social. Já a "representação", é a forma como um grupo social vê e explica um elemento de sua sociedade. Esses dois conceitos são importantes para o estudo de imagens na História.

A relação que pode ser estabelecida entre imaginário e representação é melhor identificada na alternativa:


As representações são as fontes reais enquanto o imaginário trata do mundo imaginado por determinados grupos sociais.


O imaginário é um estudo independente da sociedade ao passo que a representação depende da análise estrutural e do pensamento racional.


O imaginário constitui uma visão estática de imagens utilizadas como representação de uma sociedade.


As representações constituem o modo de ver a cultura e as práticas sociais que passam a constituir o imaginário de uma sociedade.


O estudo das representações e do imaginário só é possível por meio da interpretação de documentos oficiais que registram as práticas culturais de uma sociedade.

O historiador Carlo Ginzburg apresentou uma nova proposta metodológica para a produção do conhecimento histórico, com novos conceitos no modo de lidar com as fontes e ampliar a leitura dos objetos. Sobre as contribuições do chamado "método indiciário", analise as afirmativas que seguem:

 

I - Apresentou mudanças no processo de utilização das fontes, valorizando mais seu caráter qualitativo em detrimento do caráter quantitativo.

II - Reforçou a ideia da narrativa ficcional na história utilizando de pistas e indícios para questionar as fontes oficiais.

III - Ampliou o diálogo com outras disciplinas como, por exemplo, a semiótica e a arqueologia, o que possibilitou uma leitura do social mais ampla.

IV - Buscou indícios, pistas e sinais, aparentemente irrelevantes, para descrever uma realidade complexa que não seria cientificamente experimentável.

 

É correto apenas o que se afirma em:


I, II e III.


I, III e IV.


II e III.


I e IV.


III e IV.

Fernand Braudel foi o historiador francês que deu continuidade aos trabalhos dos Annales, após os afastamentos de Lucien Febvre e de Marc Bloch. Estando à frente da revista dos Annales, a partir de década de cinquenta, marcou a segunda geração dessa escola. São características da historiografia de Braudel:


O papel da religião na formação das sociedades europeias e sua correlação com o imaginário.


O estudo aprofundado das mentalidades, enfatizando a relação entre história e psicologia humana.


O determinismo econômico, imposto através dos diferentes níveis de vida social.


O privilégio dos acontecimentos políticos, principalmente o reinado de Felipe II.


O determinismo configurado pelo espaço físico, ou seja, a geografia possui um papel de grande importância no estudo do passado.

Leia com atenção:

Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. (MARX, Karl. O 18 Brumário de Luis Bonaparte, 1852).


A obra de Marx foi significativa para a historiografia do século XIX, tendo em vista que mudou a forma de se conceber e escrever a história naquele contexto. A partir da citação, e de acordo com o materialismo histórico dialético, a História deve ser feita a partir:


das condições concretas em que o homem vive e das contradições em que está imerso.


da análise mental dos sujeitos históricos, produtores da realidade.


da análise de documentos oficiais e das relações de trabalho.


das conjunturas políticas de dada localidade em determinada época.


das condições ideais em que o homem deveria viver para adquirir consciência individual.

O historiador, ao interpretar um fato, não deve se isolar em sua especificidade. Neste sentido, dadas as especificidades de cada ciência, é possível ampliar e completar a visão da história através:


dos grandes acontecimentos.


de uma análise macroscópica da história.


da grande quantidade de documentos existentes.


da descoberta de novos sítios arqueológicos.


da interdisciplinaridade.

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